terça-feira, 16 de abril de 2019

CASO CLAUTENES 19 > Familiares recebidos pelo Secretário João Eloy


Publicado originalmente no site FAN F1, em 16/04/2019

Caso Clautenis: “não existe abordagem padrão de se chegar atirando” diz secretário

Por Leonardo Barreto

Nove dias depois da morte do designer de interiores Clautenis José dos Santos de 37 anos, familiares foram recebidos pelo secretário de Segurança Pública do Estado de Sergipe, João Eloy e pela delegada-geral da Polícia Civil Katarina Feitosa, na sede da SSP.

Questionado sobre a abordagem policial que vitimou Clautenis, João Eloy declarou: “Não existe abordagem padrão de se chegar atirando. A polícia atira quando tem uma reação. O policial assume que atirou. Agora é preciso investigar as circunstâncias do fato. Se já chegou atirando, se o Clautenis chegou a sair do carro. Enfim toda a dinâmica”.

No carro em que o designer estava, não foi encontrada nenhuma arma.

Reconstituição – O secretário informou que, apesar de só ter recebido a família hoje, colocou-se à disposição deles no dia seguinte ao crime, quando esteve pessoalmente com o amigo de Clautenis, com o padre e com um vereador. “Como houve a demora no retorno, pedi a minha assessoria que fizesse o contato no sábado, marcando a reunião para hoje”, esclareceu João Eloy.

Informou, também, que será feita uma reconstituição do crime, em data ainda a ser definida e garantiu a isenção das investigações. “O inquérito será remetido para Justiça e tem ai o Ministério Público do Estado, para caso não concordar com a investigação da polícia, rever todos os atos, a instituição tem autonomia para isto”, pontou.

O irmão de Clautenis, Cleverton Santos, disse que está mais aliviado com a garantia dada pelo secretário de que o caso será esclarecido. “Nós vamos acompanhar a investigação através da nossa advogada, ela nos representará”, explicou.

O inquérito tem o prazo legal de 30 dias para ser concluído, podendo ser prorrogado por mais 30.

Entenda o caso

A morte do designer tem repercutido na imprensa local e nacional desde a última segunda-feira, 8. Clautenis é apontado por amigos e familiares como um homem religioso, trabalhador e de conduta ilibada, sem antecedentes criminais.

Ele foi morto a tiros por policiais civis, quando voltava da igreja católica do Conjunto Bugio, na Zona Oeste de Aracaju (SE) para sua casa, no município da Barra dos Coqueiros (SE), na região metropolitana da capital. Clautenis e um amigo estavam em um veículo de aplicativo de transporte, quando na avenida Serafim Bonfim, no bairro Santos Dumont, na Zona Norte de Aracaju foram abordados por policiais civis, que disparam vários tiros contra o veículo. Cleutenis foi alvejado e levado pelos policiais ao Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), mas já chegou morto.

Texto e imagem reproduzidos do site: fanf1.com.br

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