Publicação compartilhada do site FAN F1, em 28 de junho de
2021
Caso Ana Paula: Júri Popular de Vítor Aragão é marcado
“Se ele ficasse o
resto da vida preso, ainda assim, não seria justo”. Esta fala revela a dor e
revolta de uma família que precisa superar a perda e educar uma criança que
teve a mãe assassinada de forma brutal.
Há dois anos, a jovem Ana Paula de Jesus Santos, de 26 anos,
foi morta enquanto dormida. O esposo dela na época, Victor Aragão, foi
indiciado pela polícia como autor das marretadas na cabeça que deram fim à vida
dela.
No quarto, naquela madrugada do sábado, 11 de maio de 2019,
o filho do casal, de oito anos, também estava e foi acordado pelo pai quando a
mãe já estava morta.
Depois da morte de Ana Paula, a criança, que morava nos
fundos da casa dos pais de Vitor Aragão, no Conjunto Dom Pedro, na Zona Oeste
de Aracaju, foi morar com o tio, um dos irmãos dela. Inicialmente a guarda
provisória foi concedida pela Justiça e há quatro meses, o tio que também é
padrinho do menino, recebeu a guarda definitiva.
Por mês, em dois finais de semana, a criança fica com os
avós paternos.
Carlos Alexandre de Jesus, irmão de Ana Paula, após a morte
dela, deixou a casa que morava para morar no andar superior da casa dos pais
dele, onde mora com a esposa, dois filhos e o sobrinho.
“Meus pais pediram que eu viesse para cá, assim ficamos
todos juntos e todos contribuem com a criação do meu sobrinho”, pontuou.
O menino tem acompanhamento psicológico. Com um
comportamento reservado, ele evita falar sobre a morte da mãe e quando fala,
demonstra não aceitar que o pai tenha sido o responsável por ela, já que
segundo o garoto, os pais tinham uma ótima relação.
O que naturalmente a criança tem dificuldade para entender,
as mensagens no celular de Ana Paula revelaram.
O ciúme exagerado de Victor motivava brigas e teria sido o
ponto principal para que ele a matasse.
“Ele não queria crescer profissionalmente e não aceitava o
crescimento da minha irmã. Ela estava trabalhando, estava tirando a carteira de
habilitação e se preparava para cursar a faculdade de administração, mas tudo
foi interrompido por ele”, lamentou Carlos Alexandre.
Após ter assassinado a própria esposa, com quem estava
casado há quatro anos, Victor Aragão participou do velório e do sepultamento.
Ao lado do caixão, ele segurava o filho nos braços.
Naquele dia, ele dizia que a casa havia sido invadida por
dois ladrões. Ele teria entrado em luta com os criminosos e um deles teria
usado uma marreta para matar Ana Paula.
A versão foi descartada pela polícia.
Vitor foi preso quatro dias depois do crime. Chegou a ser solto, mas o Ministério Público do Estado (MPE) recorreu e Victor foi novamente preso, onde permanece até hoje no Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan) em São Cristóvão.
Ele vai a Júri Popular no dia 13 de outubro deste ano.
“Se ele ficasse o resto da vida preso, ainda assim, não
seria justo. Eu espero que ele seja condenado e que pague por tudo que ele
fez”, finalizou Carlos Alexandre, irmão de Ana Paula.
Texto e imagem reproduzidos do site: fanf1.com.br
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