segunda-feira, 28 de junho de 2021

CASO ANA PAULA > Marcado Júri Popular de Victor

Publicação compartilhada do site FAN F1, em 28 de junho de 2021

Caso Ana Paula: Júri Popular de Vítor Aragão é marcado

 “Se ele ficasse o resto da vida preso, ainda assim, não seria justo”. Esta fala revela a dor e revolta de uma família que precisa superar a perda e educar uma criança que teve a mãe assassinada de forma brutal.

Há dois anos, a jovem Ana Paula de Jesus Santos, de 26 anos, foi morta enquanto dormida. O esposo dela na época, Victor Aragão, foi indiciado pela polícia como autor das marretadas na cabeça que deram fim à vida dela.

No quarto, naquela madrugada do sábado, 11 de maio de 2019, o filho do casal, de oito anos, também estava e foi acordado pelo pai quando a mãe já estava morta.

Depois da morte de Ana Paula, a criança, que morava nos fundos da casa dos pais de Vitor Aragão, no Conjunto Dom Pedro, na Zona Oeste de Aracaju, foi morar com o tio, um dos irmãos dela. Inicialmente a guarda provisória foi concedida pela Justiça e há quatro meses, o tio que também é padrinho do menino, recebeu a guarda definitiva.

Por mês, em dois finais de semana, a criança fica com os avós paternos.

Carlos Alexandre de Jesus, irmão de Ana Paula, após a morte dela, deixou a casa que morava para morar no andar superior da casa dos pais dele, onde mora com a esposa, dois filhos e o sobrinho.

“Meus pais pediram que eu viesse para cá, assim ficamos todos juntos e todos contribuem com a criação do meu sobrinho”, pontuou.

O menino tem acompanhamento psicológico. Com um comportamento reservado, ele evita falar sobre a morte da mãe e quando fala, demonstra não aceitar que o pai tenha sido o responsável por ela, já que segundo o garoto, os pais tinham uma ótima relação.

O que naturalmente a criança tem dificuldade para entender, as mensagens no celular de Ana Paula revelaram.

O ciúme exagerado de Victor motivava brigas e teria sido o ponto principal para que ele a matasse.

“Ele não queria crescer profissionalmente e não aceitava o crescimento da minha irmã. Ela estava trabalhando, estava tirando a carteira de habilitação e se preparava para cursar a faculdade de administração, mas tudo foi interrompido por ele”, lamentou Carlos Alexandre.

Após ter assassinado a própria esposa, com quem estava casado há quatro anos, Victor Aragão participou do velório e do sepultamento. Ao lado do caixão, ele segurava o filho nos braços.

Naquele dia, ele dizia que a casa havia sido invadida por dois ladrões. Ele teria entrado em luta com os criminosos e um deles teria usado uma marreta para matar Ana Paula.

A versão foi descartada pela polícia.

Vitor foi preso quatro dias depois do crime. Chegou a ser solto, mas o Ministério Público do Estado (MPE) recorreu e Victor foi novamente preso, onde permanece até hoje no Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan) em São Cristóvão.

Ele vai a Júri Popular no dia 13 de outubro deste ano.

“Se ele ficasse o resto da vida preso, ainda assim, não seria justo. Eu espero que ele seja condenado e que pague por tudo que ele fez”, finalizou Carlos Alexandre, irmão de Ana Paula.

Texto e imagem reproduzidos do site: fanf1.com.br

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