Local foi isolado para a reconstituição do crime
Fotos: Portal Infonet
Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 29 de abril de 2019
Caso designer: Polícia Civil realiza a reconstituição do
crime
A Polícia Civil realizou na noite desta segunda-feira, 29, a
reconstituição do crime que culminou com a morte do designer de interiores,
Clautênis José dos Santos. O fato ocorreu no último dia 8, quando ele se
deslocava do Bugio para a Barra dos Coqueiros em um carro solicitado por meio
de um aplicativo de transporte.
Momento em que policiais faziam isolamento de uma das áreas
A reconstituição contou com a participação do condutor do
veículo (cujo nome mão foi divulgado), Leandro Santos, amigo de Clautênis que
presenciou o crime, além dos policiais envolvidos no fato. A avenida Serafim
Bomfim, que liga os bairros Santos Dumont e Bugio, local onde ocorreu o crime,
foi totalmente isolada, devido ao trabalho de reconstituição do crime. A
imprensa não pôde acompanhar a ação de perto.
Na reconstituição, que é conduzida por peritos do Instituto
de Criminalística, conforme informações do delegado Júlio Flávio, cada um dos
envolvidos dá a sua versão, simulando como o fato teria acontecido. A
participação é feita individualmente e os envolvidos não têm contato um com
outro, para que não haja constrangimentos ou interferências nos depoimentos.
O diretor do Instituto de Criminalística, Luciano Homem,
informou que o laudo que é produzido pela perícia após reconstituição do crime
é enviado a autoridade policial para conclusão do inquérito. “O prazo para
envio do laudo depende da complexidade dos depoimentos. A ideia é que seja
concluído o mais rápido possível e disponibilizado a autoridade policial para
que dê seguimento ao inquérito”, explica.
Laura Lustosa, advogado de Leandro Santos, amigo de
Clautênis
Em entrevista ao Portal Infonet, a advogada de Leandro
Santos, Laura Lustosa, revelou ter expectativas de que a reconstituição do
crime traga um avanço maior nas investigações. “Vai ocorrer um comparativo do
depoimento dado as autoridades policiais com o laudo cadavérico. Cada um dos
envolvidos na dinâmica do crime vai dar a sua versão em separado. Nenhum vai
ter acesso à versão do outro e isso vai ser filmado. Daí o perito, após a
simulação, vai fazer um comparativo do depoimento que mais se aproximada do
laudo cadavérico para chegar a realidade dos fatos”, comenta.
Leandro Santos estava com Clautênis durante a abordagem
policial
Minutos antes de participar da reconstituição, Leandro
Santos também conversou com a imprensa e ressaltou que o sentimento é de
ansiedade para que a verdade sobre o crime seja revelada. “A expectativa é de
que a verdade venha à tona. A gente sempre reza e preza pela verdade. Já
perdemos o Clautenis, mas não podemos perder a dignidade do homem que ele foi”,
contou.
O motorista do veículo que conduzia Clautênis e Leandro, e o
advogado dele, José Marcial, optaram por não falar com a imprensa.
Relembre o caso
Clautênis e Leandro se deslocavam do Bugio para a Barra dos
Coqueiros em um carro acionado por meio de um aplicativo, quando foram
abordados por policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos. O designer
foi atingido por tiros e veio a óbito.
Os policiais foram afastados e o caso está sendo investigado pela
Corregedoria da Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado.
Por Verlane Estácio
Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br
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