Advogado diz que vai aguardar decisão do MP (Foto: Portal
Infonet)
Publicado originalmente no site SENOTÍCIAS, em 28/06/ 2019
Defesa não vê motivo para indiciar policial por tiro contra
designer
Os detalhes da investigação policial sobre as circunstâncias
da morte do designer Clautênis José dos Santos, que culminou com o indiciamento
de um dos policiais envolvidos na abordagem no dia 8 de abril, foram passados
em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 28, sob o olhar do advogado de
defesa dos policiais. Cícero Dantas elogiou o trabalho conduzido pelo delegado
Júlio Flávio, da Corregedoria da Polícia Civil, mas disse discordar do desfecho
do caso.
“Temos muito respeito a conclusão do inquérito, mas não
concordamos. Não concordamos que houve ato ilício administrativo e criminal
cometido pelos policiais. O delegado entendeu por homicídio culposo, que se
divide em três institutos: negligência, imprudência e imperícia. Qual delas se
aplica? Ele [policial] foi imprudente, negligente e imperito em que momento?”,
questiona o advogado, justificando logo em seguida sua tese de que o policial
agiu em legítima defesa.“A perícia mostrou que o policial foi ferido durante a
abordagem. Fazendo a leitura legal da Legitima Defesa, diz que ‘usando
moderadamente dos meios necessários, repele a agressão atual e iminente a
direito seu e de outrem’. O policial estava armado com mais de 10 munições, ele
tinha possibilidade de disparar os 10, mas ele só atingiu um [na vítima]. Ação
moderada. Repeliu também a agressão que havia sofrido, já que o delegado diz
que o policial foi ferido quando caiu ao chão com impacto da porta”, explicou
Cícero Dantas.
Apesar de discordar nas teses apresentadas pelo delegado, o
advogado afirmou que vai aguardar agora a posição do Ministério Público
Estadual sobre o caso. “O inquérito já foi remetido e podemos ter algumas
posições no MP: pedido de arquivamento, ação com legítima defesa, pode oferecer
denúncia e dar respaldo a conclusão por homicídio culposo, pode também entender
como homicídio doloso e até pedir novas diligências. Temos que aguardar agora e
o trabalho da defesa é posterior a essa decisão do MP”, pontuou o advogado.
Por Ícaro Novaes
Texto e imagem reproduzidos do site: senoticias.com.br

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