domingo, 30 de junho de 2019

CASO CLAUTENES 32 > Defesa não vê motivo para indiciar policial...

Advogado diz que vai aguardar decisão do MP (Foto: Portal Infonet)

Publicado originalmente no site SENOTÍCIAS, em 28/06/ 2019

Defesa não vê motivo para indiciar policial por tiro contra designer

Os detalhes da investigação policial sobre as circunstâncias da morte do designer Clautênis José dos Santos, que culminou com o indiciamento de um dos policiais envolvidos na abordagem no dia 8 de abril, foram passados em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 28, sob o olhar do advogado de defesa dos policiais. Cícero Dantas elogiou o trabalho conduzido pelo delegado Júlio Flávio, da Corregedoria da Polícia Civil, mas disse discordar do desfecho do caso.

“Temos muito respeito a conclusão do inquérito, mas não concordamos. Não concordamos que houve ato ilício administrativo e criminal cometido pelos policiais. O delegado entendeu por homicídio culposo, que se divide em três institutos: negligência, imprudência e imperícia. Qual delas se aplica? Ele [policial] foi imprudente, negligente e imperito em que momento?”, questiona o advogado, justificando logo em seguida sua tese de que o policial agiu em legítima defesa.“A perícia mostrou que o policial foi ferido durante a abordagem. Fazendo a leitura legal da Legitima Defesa, diz que ‘usando moderadamente dos meios necessários, repele a agressão atual e iminente a direito seu e de outrem’. O policial estava armado com mais de 10 munições, ele tinha possibilidade de disparar os 10, mas ele só atingiu um [na vítima]. Ação moderada. Repeliu também a agressão que havia sofrido, já que o delegado diz que o policial foi ferido quando caiu ao chão com impacto da porta”, explicou Cícero Dantas.

Apesar de discordar nas teses apresentadas pelo delegado, o advogado afirmou que vai aguardar agora a posição do Ministério Público Estadual sobre o caso. “O inquérito já foi remetido e podemos ter algumas posições no MP: pedido de arquivamento, ação com legítima defesa, pode oferecer denúncia e dar respaldo a conclusão por homicídio culposo, pode também entender como homicídio doloso e até pedir novas diligências. Temos que aguardar agora e o trabalho da defesa é posterior a essa decisão do MP”, pontuou o advogado.

Por Ícaro Novaes

Texto e imagem reproduzidos do site: senoticias.com.br

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