Crédito da foto: Flickr/Palácio do Planalto
Publicação compartilhada do site da TV CULTUA, de 4 de junho de 2022
"Não é a primeira vez que morre alguém com gás lacrimogêneo no Brasil”, diz Bolsonaro sobre Genivaldo
Presidente voltou a comentar sobre o assunto e disse que os policiais não tiveram intenção de matar
Da Redação
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a comentar sobre a morte de Genivaldo de Jesus Santos na última sexta-feira (3). Apesar de falar que os agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) erraram na ocorrência, ele afirmou que eles não tiveram a intenção de matar.
"Não é a primeira vez que morre alguém com gás lacrimogêneo no Brasil. Se pesquisar um pouquinho, até nas Forças Armadas já morreu gente. [...] Eles queriam matar? Eu acho que não. Lamento. Erraram? Erraram. A Justiça vai decidir. Acontece, lamentavelmente", disse o presidente em visita a Foz do Iguaçu (PR).
Genivaldo foi morto por asfixia após ser colocando no porta-malas de uma viatura cheio de gás lacrimogênio. Antes da ação que o vitimou, tinha sido imobilizado e agredido pelos policiais.
Os policiais o abordaram nas margens da BR-101 em Umbaúba, cidade do sul de Sergipe, por trafegar de moto sem capacete.
Vale ressaltar que durante sua passagem por Umuarama, no Paraná, na última sexta-feira (3), o presidente trafegou sem capacete. A infração aconteceu pela terceira vez seguida desde a morte de Genivaldo.
Bolsonaro ainda afirmou que o caso Genivaldo pode ter sido motivado pelo morte de dois policiais rodoviários federais, que aconteceu há cerca de duas semanas em Fortaleza.
"Eles queriam matar? Eu acho que não queriam matar. Eles queriam imobilizar o cara, pensado talvez no que tinha acontecido na semana anterior. Com toda a certeza estão arrependidos. Ninguém quer passar a mão na cabeça de ninguém”, explicou.
Os policiais envolvidos diretamente na abordagem, Kleber Nascimento Freitas; Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia, foram afastados, mas continuam em liberdade.
A Polícia Federal tem 30 dias para concluir a investigação e já começou a ouvir as testemunhas.
Texto e imagem reproduzidos do site: cultura.uol.com.br
Publicação compartilhada do site JORNAL DE BASÍLIA, de 3 de junho de 2022
ResponderExcluirNão é a 1ª vez que morre alguém com gás lacrimogêneo, diz Bolsonaro sobre Genivaldo
Genivaldo foi morto por asfixia após agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) soltarem gás lacrimogêneo
Por FolhaPress
Denise Paro e João Pedro Pitombo
Foz do Iguaçu, PR
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (3) que casos como o da morte de Genivaldo de Jesus Santos acontecem, que os policiais erraram, mas que não tiveram intenção de matar.
“Não é a primeira vez que morre alguém com gás lacrimogêneo no Brasil. Se pesquisar um pouquinho, até nas Forças Armadas já morreu gente. […] Eles queriam matar? Eu acho que não. Lamento. Erraram? Erraram. A Justiça vai decidir. Acontece, lamentavelmente”, disse o presidente em entrevista à imprensa em Foz do Iguaçu (PR).
Genivaldo foi morto por asfixia após agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) soltarem gás lacrimogêneo e spray de pimenta no porta-malas da viatura em que foi colocado. Ele havia sido abordado nas margens da BR-101 em Umbaúba, cidade do sul de Sergipe.
Antes de ser colocado na viatura, foi imobilizado, atingido com spray nos olhos, jogado ao chão e recebeu chutes dos policiais. Testemunhas dizem que a ação durou cerca de 30 minutos. Ele havia sido parado por trafegar de moto sem capacete.
Nesta sexta-feira, Bolsonaro trafegou de moto sem capacete em Umuarama (PR), descumprindo a legislação de trânsito. A infração acontece pela terceira vez seguida desde a morte de Genivaldo.
Ao comentar o caso com a imprensa em Foz do Iguaçu (PR), horas depois, Bolsonaro disse ainda que “não queria estar na pele” dos policiais e nem dos familiares de Genivaldo. E afirmou que não se deve demonizar os agentes da Polícia Rodoviária Federal.
O presidente ainda afirmou que o caso da morte de dois Policiais Rodoviários Federais, que aconteceu há cerca de duas semanas em Fortaleza, deve ter influenciado a decisão dos policiais em Sergipe.
“Eles queriam matar? Eu acho que não queriam matar. Eles queriam imobilizar o cara, pensado talvez no que tinha acontecido na semana anterior. Com toda a certeza estão arrependidos. Ninguém quer passar a mão na cabeça de ninguém.”
O presidente já havia comentado sobre o caso na segunda-feira (30) no Recife, quando criticou a imprensa, disse que não se pode generalizar a conduta dos agentes da corporação e que a Justiça será feira “sem exageros”.
No sábado (28), a Polícia Rodoviária Federal publicou um vídeo em que afirma que o caso foi uma conduta isolada. A corporação promete que vai aperfeiçoar os padrões de abordagem.
No comunicado gravado, o coordenador-geral de comunicação institucional da PRF, policial Marco Territo, diz que a corporação teria assistido com indignação às imagens da detenção de Genivaldo.
Os policiais envolvidos diretamente na abordagem -Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia- foram afastados, mas continuam em liberdade.
A direção-geral da PRF criou uma comissão interventora na superintendência regional da corporação em Sergipe para investigar o caso.
A Polícia Federal tem 30 dias para concluir a investigação e já começou a ouvir as testemunhas: na última terça-feira (31), foram ouvidas a viúva Fabiana, a irmã Damarise e o sobrinho Walllison Santos, que presenciou a abordagem.
A família, que defende a prisão dos policiais envolvidos na abordagem, diz considerar que o racismo contribuiu para uma ação truculenta da polícia e foi determinante para a sua morte. Genivaldo tinha 38 anos, era negro e tinha esquizofrenia.
texto reproduzido do site: jornaldebrasilia.com.br
Publicação compartilhada do site JORNAL DE BRASÍLIA, de 3 de junho de 2022.
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