Foto: Reprodução/UOL e postada pelo blog, para ilustrar postagem
Texto publicado originalmente no Portal A8 SE, em 25 de junho de 2022
Após um mês da morte de Genivaldo de Jesus, caso segue sem resposta
Genivaldo sofria com esquizofrenia e morreu após abordagem realizada pela Polícia Rodoviária Federal
Por redação Portal A8SE
Após um mês da morte de Genivaldo de Jesus, caso segue sem resposta
Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, sofria com esquizofrenia e morreu após abordagem realizada pela Polícia Rodoviária Federal na cidade de Umbaúba, sul sergipano, há um mês.
O caso
Era quarta-feira, dia 25 de maio, quando Genivaldo pegou a motocicleta de um familiar e foi para casa, mas não chegou lá. No meio do percurso, ele foi abordado por uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) por não usar capacete.
Imobilizado, com mãos e pés amarrados, o homem foi colocado dentro do porta-malas da viatura. Lá, foi liberado gás lacrimogêneo, como aponta a perícia realizada posteriormente.
Em vídeos gravados por populares é possível ver que ele se debate e tenta fugir do gás. Pessoas que estavam no local, gritavam "ele vai morrer". No entanto, a ação policial continuou. Em nota divulgada pela PRF/SE, na época, o órgão afirma que ele saiu com vida e passou mal no meio do trajeto à delegacia, quando foi conduzido para unidade hospitalar, porém, segundo familiares, ele já estava sem vida.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) aponta que Genivaldo morreu por asfixia e insuficiência respiratória.
Hoje, 25 de junho, o caso segue sem respostas. Os policiais envolvidos são investigados e respondem a um processo administrativo em liberdade.
Ministério Público Federal investiga possível ocultação de informações
A última atualização sobre o caso dá conta que o Ministério Público Federal em Sergipe abriu uma investigação para apurar se a PRF esconde elementos sobre os procedimentos administrativos dos agentes após a instituição negar o compartilhamento de informações de interesse público.
Prorrogação do prazo do inquérito
No último dia 21, a Polícia Federal solicitou ao Ministério Público Federal a prorrogação do prazo, em 30 dias, para conclusão do inquérito. A justificativa dada pela corporação foi que a PF aguarda a apresentação de laudos periciais requisitados ao Instituto Médico Legal e à Diretoria Técnico-Científica da PF, que são "indispensáveis para a finalização da investigação".
Pedido de prisão
A Justiça Federal em Sergipe negou o pedido de prisão dos três policiais rodoviários federais. A solicitação foi feita pelos advogados da família da vítima, que alegaram suspeita de fraude processual.
A decisão considera que pedido de prisão preventiva dos agentes só deve ser solicitado pela autoridade policial e Ministério Público Federal (MPF).
A advogada da família de Genivaldo, Monalisa Batista, relatou angústia por ver que nada foi feito em relação a penalidade dos policiais que participaram da abordagem.
“O que a família e os advogados temiam desde o início era justamente isso que vem acontecendo, o caso cair no esquecimento e os autores sairem impunes. Não entendemos o porque desse procedimento tão burocrático, quando por muito menos, inquéritos são concluídos com menos indícios.
A família reitera o pedido de celeridade e transparência nas informações, até porque foi nos passado que em 30 dias finalizariam o inquérito, o que não foi cumprido.
[…] ate que o inquérito venha ser concluído, a família está de mãos atadas, mas, esperando que ao final do inquérito, os autores tenham a justa é devida responsabilização”, finalizou.
Texto reproduzido do site: a8se.com
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