Publicação compartilhada do site INFONET, de 18 de outubro de 2024
União terá que pagar mais de R$ 1 milhão para familiares de Genivaldo
A Justiça Federal em Sergipe condenou a União ao pagamento de R$ 1.050.000,00 (um milhão e cinquenta mil reais) em indenizações por danos morais a familiares de Genivaldo de Jesus Santos, morto em uma abordagem policial da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em maio de 2022, na cidade de Umbaúba, centro-sul sergipano. A sentença foi proferida pelo Juízo da 7ª Vara Federal de Sergipe.
Entenda o Caso
Genivaldo foi abordado por agentes da PRF enquanto pilotava uma motocicleta sem capacete. Durante a abordagem, ele foi colocado dentro de uma viatura, onde os policiais usaram spray de pimenta e gás lacrimogêneo em espaço fechado, o que resultou em sua morte por asfixia. O caso gerou grande comoção nacional e repercussão na mídia, destacando o uso desproporcional da força.
Os familiares de Genivaldo, incluindo seus irmãos e sobrinho, entraram com uma ação na Justiça Federal pedindo indenização pelos danos morais sofridos devido à perda de seu ente querido. O julgamento envolveu a análise da relação emocional dos autores com Genivaldo, bem como o impacto causado pela sua morte.
Indenizações Anteriores
Ainda segundo a Justiça Federal, em um processo anterior (nº 0800438-50.2022.4.05.8502), também julgado na 7ª Vara Federal de Sergipe, a mãe e o filho de Genivaldo já haviam sido indenizados pelo mesmo fato, recebendo, respectivamente, R$ 400.000,00 e R$ 500.000,00. Somados aos novos valores concedidos aos demais familiares, o total de indenizações relacionadas ao caso ultrapassa R$ 1.950.000,00 (um milhão novecentos e cinquenta mil reais).
Como Foram Definidos os Valores?
Na sentença, o juiz federal Pedro Esperanza Sudário explicou que a responsabilidade civil do Estado, quando envolve ações de seus agentes, como no caso da PRF, é objetiva, ou seja, a União é responsável pelo dano causado, independentemente da intenção ou culpa dos agentes envolvidos.
Para chegar aos valores das indenizações, o magistrado utilizou o chamado “método bifásico”, técnica aplicada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em casos de danos morais. Esse método prevê duas etapas: primeiro, é definido um valor inicial, com base em precedentes judiciais de casos semelhantes; depois, esse valor é ajustado conforme as circunstâncias específicas, levando em conta a proximidade da vítima com seus familiares e o impacto emocional sofrido.
No caso dos irmãos de Genivaldo, que conviviam diariamente com ele, o valor foi fixado em R$ 100.000,00 para cada um, levando em consideração a convivência constante e o forte vínculo familiar. Já o irmão que morava em São Paulo e tinha contato esporádico com
Genivaldo recebeu R$ 50.000,00, devido à menor intensidade da convivência. O sobrinho, que presenciou a abordagem policial e a morte do tio, foi indenizado em R$ 75.000,00, considerando o trauma adicional de ter sido o único a testemunhar os fatos. A irmã que vivia na mesma cidade e acolheu Genivaldo após sua separação teve sua indenização fixada em R$ 125.000,00, devido à proximidade ainda maior existente entre eles.
*Com informações da JFSE
Texto e imagem reproduzidos do site: infonet com br
Publicação compartilhada do site: CNN BRASIL, de 9 de maio de 2024
Resgate do cavalo “Caramelo” no RS repercute na imprensa internacional; veja
Edição espanhola do El País destacou que o caso virou um "símbolo" das inundações no Brasil
Tiago Tortellada CNN, em São Paulo.
O resgate do cavalo “Caramelo” em Canoas, no Rio Grande do Sul, foi destaque na imprensa internacional nesta quinta-feira (9). O animal foi apelidado desta maneira por usuários das redes sociais, que ficaram comovidos com a situação.
O assunto ficou na página principal do site da ABC News, dos Estados Unidos. Além disso, a edição espanhola do El País destacou que o caso virou um “símbolo” das inundações no estado gaúcho.
O resgate também foi noticiado pelas agências AP e Reuters, e pelos jornais Clarín, da Argentina; The Guardian, do Reino Unido; CNN Chile; e CNN Español.
Resgate do cavalo Caramelo
O cavalo Caramelo ficou quatro dias ilhado em um telhado, segundo testemunhas ouvidas pela CNN, sem conseguir se alimentar ou se hidratar.
Houve uma grande mobilização para o resgate do animal, que envolveu desde o influenciador Felipe Neto, a primeira-dama Janja até o Corpo de Bombeiros do estado de São Paulo.
As equipes de resgate conseguiram salvar o cavalo com uma operação delicada, no qual ele foi sedado e transportado em uma espécie de bote.
Os bombeiros tiveram que navegar por cerca de uma hora até conseguir chegar em um ponto de terra firme no qual um caminhão da cavalaria o esperava.
Imprensa internacional repercute enchentes no RS
Há dias, jornais de todo o mundo noticiam as enchentes no Rio Grande do Sul, que já deixaram mais de 100 mortos e atingiram mais de 85% das cidades gaúchas.
Reportagens sobre a tragédia foram mostradas nas páginas principais dos sites da CNN Internacional, Al Jazeera (Catar), RT News (Rússia), CGNT (China), do Clarín e do Guardian (Reino Unido).
Texto e imagem reproduzidos do site: www cnnbrasil com br/internacional
Post compartilhado do Facebook/Ricardo Amorim, de 11 de maio de 2024
Desde que vi essa imagem, ela não sai da minha cabeça. Tenho tentado entender por que.
Francamente, não acho que ela seja a imagem mais triste da tragédia no Rio Grande do Sul.
Infelizmente, imagens tristes não têm faltado.
Talvez, ela seja a que melhor retrata quão absurda e anormal é a situação vivida pelos gaúchos.
Já vimos outras inundações, mas eu não só nunca tinha visto, como nunca sequer imaginei que, algum dia, poderia ver um cavalo em um telhado.
Acho que a imagem me impactou tanto porque ela simboliza, graficamente, uma tragédia de proporções maiores do que minha própria imaginação conseguia chegar.
Mais alguém foi muito impactado por essa imagem?
Texto e imagem reproduzidos do Facebook/Ricardo Amorim
Texto publicado originalmente no site G1 GLOBO FANTÁSTICO, de 21 de abril de 2024
'Tio Paulo': Fantástico tem acesso a imagens inéditas do caso da mulher que levou homem morto para conseguir empréstimo
Vídeo mostra momentos antes de Erika e Paulo serem atendidos em agência de Bangu, no Rio. Tio já estava com a cabeça tombada e sem reação quando entrou na agência.
Por Fantástico
O Fantástico teve acesso a imagens inéditas do caso que chocou o Brasil. Na última terça-feira (16), Erika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, levou o tio, Paulo Roberto Braga, de 68, em uma cadeira de rodas até uma agência bancária em Bangu, no Rio de Janeiro, para sacar 17 mil reais de um empréstimo, que estava no nome dele. Mas o homem estava morto.
Câmeras da agência flagraram o momento em que Erika e o tio foram atendidos no guichê do banco. Agora, as imagens inéditas mostram momentos antes do atendimento, quando eles entraram na agência.
Ao se sentar para esperar o atendimento, Erika segurava a cabeça do tio com a mão. Quando ela retira a mão para mexer na bolsa, a cabeça dele tomba.
As imagens mostram que, em determinado momento, ela conversa com uma funcionária do banco e vai ao banheiro, onde fica por aproximadamente 6 minutos. Durante esse tempo, a funcionária sustentou a cabeça do homem.
A sobrinha volta com um copo de água e tenta dar ao tio, que não se movimenta. Na sequência, eles vão ao guichê, o que ficou registrado nas imagens que rodaram o mundo.
Depois, mais imagens inéditas. Após a tentativa frustrada de assinar o empréstimo, Érika voltou a se sentar, ainda segurando a cabeça do tio. Os dois, então, são levados a uma sala reservada. Paulo é retirado da cadeira e uma funcionária da agência faz massagem cardíaca para tentar reanimá-lo.
A funcionária conversou com o Fantástico, mas preferiu não ser identificada. Ela contou que tentava fazer algo, mas o homem não se movia, não tinha reação, e que isso gerou nela um sentimento de impotência com tudo que estava acontecendo.
O Samu chegou ao local minutos depois. O médico que fez atendimento disse à polícia que quando Paulo chegou, já estava morto e apresentava livores, manchas de sangue que costumam aparecer duas horas depois da morte.
O laudo do IML apontou que a morte foi provocada por broncoaspiração de conteúdo estomacal e falência cardíaca, mas exames complementares foram pedidos para saber se ele sofreu algum tipo de intoxicação.
As investigações apontam que ele já entrou sem vida no banco. Erika Nunes foi presa em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva. Erika foi indiciada por tentativa de furto mediante fraude e por vilipêndio — ato de menosprezar o cadáver de uma pessoa. Ela está presa no Complexo Penitenciário de Bangu.
A polícia investiga se ela pretendia se aproveitar do tio doente e se tinha consciência que carregava um cadáver.
"Ela foi com o tio ao banco porque percebeu que ele estava no seu último momento de vida, e tentou, antes que ele morresse, retirar esse dinheiro. Só que, antes de chegar ao banco, ele veio a óbito. Ainda assim, ela viu a possibilidade de fazer o saque desse dinheiro, porque era a última chance que ela tinha de tirar esse dinheiro", afirmou o delegado Fábio Souza.
Em depoimento, Erika disse que percebeu que o tio parou de responder no momento em que ele foi atendido pelos funcionários da agência.
A advogada de Erika, Ana Carla de Souza Correa, argumenta que Erika estava em estado de negação de que o tio pudesse ter morrido naquele momento, e que isso se constataria pelo fato de ela continuar agindo normalmente, mas com ele não respondendo.
"O caso mal começou e já está se tendo uma punição anterior a uma decisão de uma sentença, ou seja, já está sendo punida antes mesmo de ser condenada, se é que vai ser condenada", disse a advogada. A defesa entrou com pedido de revogação da prisão preventiva, mas não há prazo para a Justiça dar uma resposta.
Para o delegado do caso, essa simulação, de ela conversar com o tio e fingir normalidade, reafirmam que ela sabia o que estava acontecendo. Segundo a família, Erika tem problemas psiquiátricos, com diagnósticos assinados por psiquiátricas de quadro de depressão e alucinações auditivas.
"Uma pessoa com problema psiquiátrico pode não entender que o tio está morto, mas certamente também não entenderia que tem que ir à agência pegar o dinheiro. A pessoa não pode ter uma consciência seletiva", disse o delegado do caso.
O Fantástico conversou com exclusividade com parentes de Erika e Paulo Roberto.
"A minha mãe criou seis filhos. E nunca precisou roubar, enganar ninguém para isso. A minha mãe encaminhou os filhos para a vida, e encaminhou muito bem, nos ensinando o caminho dos estudos, o caminho do que é correto. Tanto que, meus irmãos e eu, nós somos formados, bacharel em direito, passamos em concursos, faculdade. A nossa mãe sempre foi nossa inspiração", disse Lucas Nunes dos Santos, filho de Erika.
Segundo a família, o empréstimo foi realizado por Paulo Roberto. Os parentes apresentaram à Justiça o documento para comprovar o pedido, no dia 25 de março.
A polícia diz que vai investigar se há outros empréstimos no nome dele. "Isso nós vamos levantar, fazer uma consulta formal para saber todas as solicitações de empréstimo feitas por ele, tendo elas sido concretizadas ou não", afirmou o delegado.
A família argumenta que o empréstimo seria usado por Paulo na casa em que ele morava com Erika e três dos filhos dela em Bangu. O ex-marido de Erika, o pedreiro José Geraldo Santos, diz que conversou com ela sobre a obra.
"Dei o orçamento para ela de todo o material, ela queria colocar o piso, inclusive falou para mim que queria pintar, queria comprar geladeira, uma televisão nova para poder deixar lá para ele, uma cadeira de roda, uma cama mais confortável para que ele sentisse melhor."
Paulo foi enterrado no sábado (20), em um cemitério de Campo Grande, bairro vizinho a Bangu, quatro dias depois de morrer. Apenas parentes de Erika compareceram ao enterro.
Antes do caso
O empréstimo seria liberado depois da assinatura de Paulo Roberto. No dia 8 de abril, ele foi internado com pneumonia em uma unidade de saúde de Bangu. Recebeu alta uma semana depois, no dia 15. Nesse dia, Erika saiu com o tio de casa.
Imagens mostram os dois em um shopping onde fica a agência do banco. Segundo a família, a agência já tinha concedido o empréstimo. A advogada disse que Erika foi até lá sacar o dinheiro, mas foi avisada que teria que fazer isso em outra agência.
Os dois saem do shopping e voltam uma hora depois, quando é possível ver que Paulo encosta uma das mãos na porta de entrada e conversa com uma pessoa. No dia seguinte, Erika e Paulo saíram mais uma vez de casa. Foi naquele dia que ele morreu.
O irmão de Erika chegou à casa deles antes que eles embarcassem em um veículo de aplicativo. "Ela tinha acabado de passar talco nele, colocado a fralda nele. Cheguei bem no final desses cuidados, ajudei a ajeitá-lo na cama. Conversei com ele, estava fraco debilitado, mas me respondendo normalmente, mas não sabia que iam ao banco", disse Jairo.
Quando o motorista chegou, Erika pediu que ele a ajudasse a colocar Paulo na parte da frente do carro. Em depoimento, ele disse que Paulo ainda respirava e tinha forças na mão naquele momento.
Eles voltaram ao shopping que tinham visitado no dia anterior. Quando chegaram no estacionamento, ela pegou uma cadeira de rodas para colocar o tio. O motorista contou à polícia que ele chegou a segurar a porta ao ser retirado.
"A princípio, entendemos que ele saiu vivo de casa. Isso foi narrado por testemunhas. Ele chega vivo ao shopping, mas já não apresenta um comportamento normal", disse o delegado Fábio Souza.
O médico legista Fernando Esberard analisou as imagens e acredita que Paulo Roberto estava vivo quando chegou ao estacionamento do shopping.
Antes de entrarem na agência bancária, Erika segue com o tio para uma loja. Deixa ele do lado de fora, imóvel. Depois, vai a uma cafeteria com ele e, enquanto mexe na bolsa, o tio continua sem movimento. Dali, seguem para a agência, do outro lado da rua do shopping. Paulo está com a cabeça caída para o lado.
A partir desse momento, Erika começa a segurar a cabeça do tio. O perito criminal Nelson Massini também analisou as imagens e disse que não vê sinais de que Paulo estivesse vivo desde que saiu do estacionamento.
"O que se pode concluir é que desde o momento em que ele é retirado do carro, colocado na cadeira, levado na presença da atendente do banco, com todos aqueles momentos intercalados, em nenhum momento ele teve qualquer mobilidade. Não teve nenhuma reação vital", diz Massini.
A perícia não é conclusiva sobre a hora da morte de Paulo, mas diz que foi entre 11h30 da manhã da terça-feira (16) e 14h30. Justamente o intervalo em que ele e a sobrinha entraram na agência bancária.
Quem era Paulo
Paulo Roberto Braga tinha 68 anos e era motorista de ônibus. Ele tinha quatro irmãos, que moravam em outros estados e com quem ele praticamente não tinha contato. Paulo morava com Erika e três dos seis filhos dela em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
Familiares apontam que Paulo Roberto não deixou herdeiros, nunca teve filhos, nem se casou, apesar de ter tido companheiras ao longo da vida. E que foi acolhido pela parte da família mais próxima à sobrinha Erika, com quem vivia havia 15 anos.
Segundo a família, a saúde dele piorou por causa de complicações com a bebida, chegando, inclusive, a perder parte de sua mobilidade. Os parentes apontam que, em suas últimas semanas de vida, já estava bastante debilitado e mal conseguia andar. E que Erika era responsável por boa parte dos cuidados dele.
Paulo Roberto vivia sem nenhuma renda até agosto do ano passado, quando passou a receber um benefício do Governo Federal para idosos com mais de 65 anos e baixa renda, o BPC-Loas, no valor de um salário mínimo.
Texto reproduzido do site: g1 globo com/fantastico
Legenda da foto: Brunna Nunes — (Crédito da foto: Arquivo pessoal)
Publicação compartilhada do site G1 GLOBO SE., de 22 de abril de 2024
UFS é condenada a indenizar estudante por transfobia, decide TRF5
De acordo com a acusação, a instituição trocou o atual nome da estudante pelo antigo. Da decisão, cabe recurso. O g1 procurou a UFS e aguarda posicionamento sobre o caso.
Por Jéssica França, g1 SE
O Tribunal Regional Federal da 5ª Região, por unanimidade, julgou procedente o pedido de indenização contra a Universidade Federal de Sergipe (UFS) por dano moral sofrido pela aluna de designer gráfico Brunna Nunes. De acordo com a acusação, a instituição cometeu transfobia ao trocar o atual nome da estudante pelo antigo.
Segundo a ação, os documentos dela foram retificados em 2019, no Registro Civil, nas bases de informação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e em outras fontes oficiais.
"Ela fez o Enem já com o nome de Brunna. No Inep constava o nome correto, não o 'nome morto', que é o antigo. A lista na UFS saiu com o nome Brunna. Depois, a universidade, manualmente, alterou para o nome morto", explicou o advogado Carlos Henrique Andrade.
Após verificar o erro, a estudante protocolou vários pedidos de correção. "Tive que fazer quatro requerimentos solicitando pra mudar meu nome conforme o RG, que foi o que enviei quando me matriculei, com documentos já retificados, inclusive o certificado de conclusão de ensino médio", disse a estudante.
À Justiça, a UFS afirmou que a correção ocorreu em abril de 2022 em um sistema, mas que em outro, permaneceu os dados antigos.
A ação foi ajuizada no mesmo ano na 3ª Vara da Justiça Federal em Sergipe, que julgou a ação improcedente, alegando mero aborrecimento. Entretanto, os advogados de Brunna levaram o caso a instâncias superiores.
Durante os votos, no início deste mês de abril, a desembargadora federal Cibele Benevides disse: "Eu consigo perceber que não era um mero aborrecimento; houve um dano na sua dignidade, na compreensão da sua existência".
A estudante informou que trancou o curso por questões de saúde, mas que pretende retomar. "Com a decisão judicial estou me sentindo mais fortalecida", comemorou Brunna.
O valor da indenização é de R$ 7 mil. Da decisão, cabe recurso. O g1 procurou a UFS e aguarda posicionamento sobre o caso.
Texto e imagem reproduzidos do site: g1 globo com/se
Publicação compartilhada do site METRÓPOLES, de 30 de março de 2024
Gêmea siamesa se casa, mesmo vivendo unida à irmã
De acordo com registros públicos, Abby, uma das gêmeas siamesas, casou-se com um enfermeiro em 2021, nos Estados Unidos
Por Gabriela Francisco
As irmãs siamesas Abby e Brittany Hensel, de 34 anos, acumulam milhares de seguidores nas redes sociais. Ali, elas compartilham o dia a dia, as atividades e até cenas do casamento de uma delas.
Em 2021, Abby selou a união com Josh Bowling, enfermeiro e veterano do exército dos Estados Unidos. De acordo com o site Today, Abby e Brittany moram em Minnesota e são gêmeas siamesas dicéfalas.
As irmãs Hensel dividem a corrente sanguínea e os órgãos abaixo da cintura. Abby controla o braço e a perna direitos, enquanto Brittany controla o lado esquerdo.
A cirurgia de separação nunca foi realizada, pois seus pais a consideravam muito arriscada. Os médicos também disseram que havia poucas chances de sobrevivência. “Como você poderia escolher entre as duas?”, relatou Mike, pai das gêmeas, em uma entrevista à revista Time.
Abby e Brittany ficaram famosas quando apareceram no programa The Oprah Winfrey Show, em 1996. Agora, elas trabalham como professoras, ensinando alunos da quinta série. O hobby preferido das irmãs é caminhar pela natureza e tomar sorvete.
O casamento não foi muito divulgado na mídia. Porém, as irmãs compartilharam algumas fotos do matrimônio nas redes sociais, nas quais elas aparecem usando um vestido de noiva. Já Bowling é visto vestindo um terno cinza. Eles estão de mãos dadas enquanto se olham.
Texto e imagens reproduzidos do site: www metropoles com
Legenda da foto: Clarinha ficou 24 anos em coma e sem identificação num hospital em Vitória, Espírito Santo — (Crédito da foto: TV Gazeta).
Publicação compartilhada do site G1 GLOBO ES, de 16 de março de 2024
Clarinha: Quem era a paciente que ficou em coma e sem identificação por 24 anos em Vitória
Nome verdadeiro é apenas uma das dúvidas sobre a mulher, que possui marca de cesariana e pode ter filho vivo. Dezenas de pessoas chegaram a fazer DNA, mas nenhum parente foi localizado até hoje.
Por Ana Elisa Bassi, g1 ES
Morre Clarinha, paciente em coma há 24 anos em Hospital da PM
Durante os 24 anos em que esteve internada em hospitais de Vitória, a paciente Clarinha deixou dúvidas sobre toda a sua história. Além do nome, nunca houve informações sobre idade, local onde morava e se tinha parentes no Espírito Santo ou em outro estado. Desde o primeiro momento, a equipe médica teve esperança de encontrar algum parente ou até filho de Clarinha, já que ela tinha uma cicatriz de cesariana, mas isso não aconteceu. A estimativa é que, em 2024, Clarinha tivesse entre 40 e 50 anos.
"Pode ser que ela tenha um filho que esteja vivo. Essa marca de cesárea realmente reforça muito a possibilidade de alguém da família identificá-la. Eu gostaria muito disso", falou o médico tenente-coronel Jorge Potratz, em 2016, quando o caso ganhou repercussão. Entretanto, nenhum parente ou amigo a visitou até hoje.
O médico que cuidou de Clarinha acredita que ela tenha morrido com 47 anos de idade.
Neste mesmo ano, depois que uma reportagem exibida no Fantástico foi ao ar, mais de 100 famílias procuraram o Ministério Público para identificar Clarinha como uma possível parente desaparecida.
Desse total, 22 casos chamaram mais atenção, pelas fotos ou pela similaridade dos dados próximos ao perfil da mulher internada. Exames de DNA foram feitos e digitais da mulher foram colhidas pela Polícia Federal, mas não houve compatibilidade.
Clarinha morreu nesta quinta-feira (14), em Vitória, ao passar mal após uma broncoaspiração. Ela foi atropelada no Dia dos Namorados, em 12 de junho de 2000, no Centro de Vitória. Foi socorrida por uma ambulância sem documentos, mas chegou ao hospital já desacordada.
Em 2021, uma equipe de papiloscopistas da Força Nacional de Segurança Pública usou um processo de comparação facial e fez buscas em bancos de dados de pessoas desaparecidas com características físicas semelhantes às da mulher. A suspeita é que ela seria uma criança desaparecida em 1976 em Guarapari, que esteve na cidade para uma viagem em família. Mas depois a possibilidade também foi descartada e o caso nunca foi solucionado.
Durante todos esses anos, diariamente, a paciente recebeu a visita de médicos e enfermeiros. O médico tenente-coronel Jorge Potratz foi o responsável pela paciente e seguiu com os cuidados mesmo depois de aposentado. Foi ele quem escolheu o nome Clarinha.
“A gente tinha que chamar ela de algum nome. O nome não identificada é muito complicado para se falar. Como ela é branquinha, a gente a apelidou de Clarinha”, disse Potratz.
Internada há mais de 20 anos no HPM, Clarinha não é a menina que desapareceu no ES em 1976
Potratz auxiliou a mulher com produtos básicos para os cuidados dentro do hospital, que não são oferecidos para paciente na situação em que ela se encontrava. Cremes, produtos de higiene, limpeza, fraldas eram adquiridos pelo coronel que custeava as compras.
Morte após 24 anos
Nesta quinta-feira (14), a morte de Clarinha foi confirmada. A paciente passou mal ainda pela manhã, teve uma broncoaspiração e não resistiu.
O coma da paciente não identificada era considerado elevado. “A gente classifica o coma em uma escala de três a quinze pontos. Quinze é o paciente acordado e lúcido e três é o coma mais profundo. Ela não tem nenhum contato com a gente e por isso a gente considera um coma de sete para oito”, explicou o médico aposentado.
Clarinha foi atropelada no Dia dos Namorados, em 12 de junho de 2000, no Centro de Vitória. A mulher foi socorrida por uma ambulância, mas não possuía documentos, chegou ao hospital já desacordada e sem ser identificada.
Inicialmente, Clarinha foi levada para o Hospital São Lucas. Um ano depois, foi transferida para o Hospital da Polícia Militar, também na capital, onde permaneceu até o final da vida.
Texto e imagem reproduzidas do site: g1 globo com/es/espirito-santo
Legenda da foto: Clarinha ficou internada por 24 anos em hospital de Vitória e foi cuidada pelo médico Jorge Potratz — (Crédito da foto: Reprodução/ TV Gazeta)
Publicação compartilhada do site G1 GLOBO ES, de 15 de março de 2024
Médico que cuidou de Clarinha por 24 anos não quer que ela seja enterrada como indigente: 'É uma perda pra todos nós'
Clarinha recebeu esse nome pelo médico que cuidou dela ao longo desses anos. Mesmo aposentado, Jorge Potratz seguia visitando a paciente no hospital, em Vitória. Ela estava em estado vegetativo desde 2000 e nenhum parente foi encontrado.
Por Juirana Nobres, g1 ES
Morre Clarinha, paciente em coma há 24 anos em Hospital da PM
O médico que cuidou da paciente Clarinha, que não tinha registro oficial e morreu nesta quinta-feira (14) após ficar 24 anos internada em coma em uma UTI de hospital, disse que não quer que a paciente seja internada como indigente. Emocionado e triste, o tenente-coronel Jorge Potratz disse que a sensação é que seu trabalho não foi concluído com sucesso, uma vez que ao longo desses anos não foi possível localizar familiares da paciente.
O médico, que mesmo aposentado continuou cuidando de Clarinha, vai solicitar à Prefeitura de Vitória que ela seja enterrada em um cemitério municipal por ter criado grande vínculo afetivo devido aos anos que se dedicou aos cuidados da paciente.
"Infelizmente, a sensação que tenho é que o meu objeto não foi concluído com sucesso. Por tantas lutas que tivemos em duas décadas, mas Deus sabe de todas as coisas e ele está no comando", desabafou Jorge Potratz.
A mulher foi atropelada no Dia dos Namorados, em 12 de junho de 2000, sem portar qualquer documento de identificação. O caso ganhou repercussão nacional após uma reportagem do Fantástico, exibida em 2016. Desde então, várias famílias do Brasil se mobilizaram para fazer exames de DNA e saber se a paciente era parente ou não.
Morre Clarinha, paciente internada em coma há 24 anos em hospital do ES
O médico tenente-coronel Potratz se aposentou em 2017 e, ainda assim mantinha visitas frequentes. Ele disse que foi comunicado pela equipe médica que atua no Hospital da Polícia Militar (HPM), na manhã de quinta, de que a paciente estava muito debilitada após uma broncoaspiração, que é a entrada de substâncias estranhas, como alimento ou saliva, na via respiratória. Durante a noite, a paciente não resistiu.
"Recebi com muito pesar a notícia. Imediatamente, fui ao hospital conversar com a equipe. É uma perda para todos nós. Tenho sentimento de apego, de carinho, de humanidade mesmo. Foi uma paciente que marcou a minha vida inteira", disse.
Enterro digno
O médico aposentado disse que em toda a jornada da paciente - foram 24 anos internada na UTI - tentou dar dignidade, por mais que Clarinha fosse desconhecida oficialmente.
"Clarinha era cuidada com muito amor por toda equipe do hospital e por lá conseguimos garantir sua dignidade. E é assim que deve continuar. Espero que seja enterrada em um local próprio e identificada como Clarinha. Não quero que ela seja enterrada como indigente. Esse processo não deve ser de um dia para o outro, mas vou estar à frente disso", explicou.
Potratz disse que o corpo da paciente foi levado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, procedimento incomum para casos assim. Segundo o médico, geralmente, um paciente sem registros em hospitais não passam pelo DML, os corpos são liberados na unidade hospitalar mesmo.
O tenente-coronel contou que vai ao DML e se responsabilizará por todas as burocarcias necessárias. Disse, ainda, que vai à Prefeitura de Vitória solicitar que Clarinha seja enterrada em um cemitério municipal.
"Gostaria que ela tivesse uma lápide, onde as pessoas, que assim desejarem, pudessem ir fazer uma oração. Precisamos ter mais humanidade com as pessoas e continuar tentando dar dignidade à Clarinha", enfatizou o médico.
Entenda o caso "Clarinha"
Clarinha morreu na noite desta quinta-feira (14) Clarinha, uma mulher que, em 2000, foi encontrada atropelada sem registro oficial e ficou internada em coma por 24 anos em um hospital de Vitória. A informação é do coronel Jorge Potratz, médico que cuidou da paciente durante todos esses anos.
Clarinha passou mal ainda pela manhã, teve uma broncoaspiração e não resistiu. O caso da paciente "misteriosa" ganhou repercussão. A mulher estava internada em estado vegetativo no Hospital da Polícia Militar (HPM), em Vitória. Nenhum parente ou amigo a visitou em todos esses anos.
“A gente tinha que chamar ela de algum nome. O nome 'não identificada' muito complicado para se falar. Como ela é branquinha, a gente a apelidou de Clarinha”.
A equipe considerava o coma da paciente elevado. "A gente classifica o coma em uma escala de três a quinze pontos. Quinze é o paciente acordado e lúcido e três é o coma mais profundo. Ela não tem nenhum contato com a gente e por isso a gente considera um coma de sete para oito", explicou o médico na época.
Enterro de Clarinha
Como não tem documentos oficiais, o corpo de Clarinha pode ser sepultado como "indigente" após passar pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO). No entanto, a "família" formada pela equipe médica do HPM vai atuar para evitar essa situação e possibilitar um sepultamento digno a quem por anos recebeu uma atenção especial de todos eles.
Assim como buscaram dar uma vida digna e respeitosa a ela ao longo dos anos, agora a luta é por um enterro mais humano. Ainda não há uma definição do que será feito, mas os planos agora são não deixar ela ser enterrada em um lugar qualquer.
Mistério sobre identidade da paciente
Depois da reportagem exibida no Fantástico, mais de 100 famílias procuraram o Ministério Público para identificar Clarinha como uma possível parente desaparecida. Desse total, 22 casos chamaram mais atenção, pelas fotos ou pela similaridade dos dados próximos ao perfil da mulher internada.
Depois de uma triagem mais detalhada, aponta o MPES, quatro casos foram descartados, devido à incompatibilidade de informações ou pelo fato de as pessoas procuradas já terem sido encontradas. O Ministério Público dividiu as 18 pessoas restantes em dois grupos para a realização dos exames de DNA. No entanto, os resultados mostraram-se incompatíveis para traços familiares.
Texto e imagem reproduzidos do site: g1 globo com/es/espirito-santo
Texto publicado originalmente no site G1 GLOBO SE, de 10 de fevereiro de 2024
Homem que fazia xixi na margem de rio é derrubado por outro durante tombo em escada; vídeo mostra os 2 caindo de altura de 4 m
Queda ocorreu durante a comemoração de aniversário da cidade de Propriá, no interior de Sergipe, na margem do Rio São Francisco.
Por Isabelle Marques, g1 SE
Um homem que fazia xixi na margem do Rio São Francisco foi derrubado por outro que tropeçou e levou um tombo numa escadaria na cidade de Propriá (SE), distante 100 km de Aracaju.
A queda aconteceu no final da comemoração do aniversário da cidade, na madrugada dessa quinta-feira (8). O vídeo que mostra os dois caindo de uma altura de cerca de 4 metros pode ser visto acima.
As imagens de câmera de segurança mostram o técnico de informática Adalmiro Sobral, de 35 anos, sendo atingido por outro homem que aparece na imagem se desequilibrando após passar por um desnível, quando tropeça, cai na escada e derruba o técnico. Sobral contou ao g1 que ficou desacordado.
"Eu caí e bati a cabeça. Meu colega me socorreu, falou comigo e eu estava confuso. Ele me levou para o hospital do município. Eu sofri arranhões, bati o rosto, mas já estou bem", contou Adalmiro.
"O rapaz que tropeçou em mim, eu não o conheço, mas sei que ele se machucou mais do que eu - mas também sem grande gravidade", disse.
O técnico em informática disse que, depois que passou a confusão, ele pensou ter sido vítima de um assalto. No entanto, ao ver as imagens da câmera segurança, percebeu que foi apenas um acidente inusitado.
"No primeiro momento, fiquei preocupado com a situação do acidente. Depois que vi que o outro rapaz também estava bem e vi as imagens, percebi que foi uma situação atípica, algo muito engraçado".
Texto e imagem reproduzidos do site: g1 globo com/se
Publicação copartilhada do site INFONET, de 8 de fevereiro de 2024
Morte de jovem torcedor será tratada como homicídio qualificado
A Polícia Civil divulgou que a ocorrência entre torcidas organizadas que culminou com a morte de um jovem deixará de ser tratada como tentativa de homicídio e será classificada como homicídio qualificado. O fato ocorreu no último domingo, dia 4, e uma das vítimas, um jovem de 24 anos conhecido como Kaio South, morreu nesta quinta-feira, 8.
“Estamos em diligência para dar uma resposta eficiente e rápida para a sociedade e para aqueles admiradores do futebol, além de torcedores, que ficaram indignados com as cenas de violência”, explicou o delegado Thiago Leandro. De acordo com o delegado, as pessoas podem ajudar na elucidação do caso encaminhando informações por meio do telefone 181 ou se dirigir à qualquer unidade policial.
O outro ferido na mesma ocorrência, um jovem de 17 anos, teve alta médica na tarde desta quinta-feira, 8. De acordo com o Huse, ele teve um trauma caniofacial, recebeu cuidados e, após passar por exames de controle, foi liberado. O jovem será reavaliado após 30 dias no Ambulatório de Retorno Dr. José Maria Rodrigues, unidade estadual gerida pelo Hospital de Urgências de Sergipe.
Relembre
Três pessoas ficaram feridas no último domingo, dia 4, após uma briga entre as torcidas do Sergipe e Confiança. O fato ocorreu momentos antes do clássico entre os times, no Terminal de ônibus do Distrito Industrial de Aracaju (D.I.A). Dos três feridos, dois foram encaminhados ao Hospital de Urgências de Sergipe João Alves Filho (Huse), sendo que um deles morreu e outro foi liberado.
Por Verlane Estácio
Texto e imagem reproduzidos do site: infonet com br
Informações podem ser repassadas pelo Disque-Denúncia, 181 (Foto: SSP)
Publicação compartilhada do site INFONET, de 9 de fevereiro de 2024
Briga entre torcidas: confira imagens dos suspeitos de matarem jovem
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) divulgou imagens dos suspeitos do homicídio que vitimou um jovem durante atos criminosos no último fim de semana de jogos de futebol em Sergipe. A vítima foi agredida violentamente no Terminal DIA, na Zona Sul de Aracaju, no último domingo, 4.
As investigações conduzidas pelo DHPP coletaram imagens de câmeras de segurança de um ônibus e também de vídeos gravados durante o ato criminoso que vitimou fatalmente um jovem. As imagens mostram os atos criminosos promovidos por integrantes de duas torcidas organizadas no terminal.
Ainda nas imagens, é possível identificar que os suspeitos do homicídio integram a torcida organizada de cor vermelha. Ao todo, foram captadas as imagens de 24 suspeitos.
Denúncias
A Polícia Civil solicita que informações e denúncias que possam levar à identificação e à prisão dos suspeitos sejam repassadas à polícia por meio do Disque-Denúncia, no telefone 181. O sigilo é garantido.
As denúncias podem ser feitas indicando de quem se trata o suspeito com as respectivas numerações de 1 a 24.
O DHPP exemplifica citando que, para informações sobre o primeiro suspeito, o denunciante deve comunicar que possui informações sobre o investigado de número um.
No caso de informações sobre o investigado de número 24, por exemplo, o denunciante deve informar que possui denúncias que podem levar à localização do suspeito de número 24...
Por João Paulo Schneider
Texto e imagem reproduzidos do site: infonet com br
Publicação compartilhada do site A8 SE., de 2 de fevereiro de 2024
Caso Henrique: mãe de jovem esquartejado cobra celeridade do processo na Justiça
Henrique José de Andrade Matos foi assassinado e esquartejado pelo amigo de infância, no dia 17 de dezembro de 2022
Por Redação Portal A8SE
Nesta sexta-feira (2), a mãe de Henrique José de Andrade Matos, jovem de 23 esquartejado pelo colega de infância em Aracaju, Noélia Andrade, cobrou celeridade do processo na Justiça.
A última audiência do caso ocorreu no dia 30 de maio de 2023 e Ícaro Ribeiro da Silva, amigo de infância de Henrique e autor do crime, ainda está preso.
Após mais de um ano e um mês da morte do filho, Noélia conta que o sofrimento dela só aumenta a cada dia e espera que a sentença de Ícaro seja dada o quanto antes.
"Ele não matou só Henrique, ele me matou também. Desde o dia 16 de dezembro eu morri para o mundo. Eu sei que nada vai trazer Henrique de volta, mas ele tem que pagar pelo que fez com o meu filho, ele não merecia", desabafou.
O Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), por sua vez, informou que o processo nunca esteve estagnado e segue os prazos estabelecidos por lei. Além disso, o TJSE detalhou que já recebeu mais de um pedido de habeas corpus da defesa, para que Ícaro fosse solto, mas ambos foram negados, mantendo, assim, a prisão preventiva.
Texto e vídeo reproduzidos do site: a8se com/noticias/policia
Publicação compartilhada do site A8 SE., de 20 de dezembro de 2022
Suspeito de esquartejar amigo de infância em Aracaju revela detalhes do crime em depoimento
Ícaro Ribeiro, principal suspeito, permanece preso
Por redação Portal A8SE
A equipe da TV Atalaia teve acesso a detalhes do crime cruel que vitimou Henrique José de Andrade Matos, de 23 anos, na noite da última sexta-feira (16). Ele foi assassinado com golpes de faca e teve o corpo esquartejado. O principal suspeito é um amigo de infância, Ícaro Ribeiro da Silva, de 22 anos, com quem dividia apartamento no bairro Farolândia, na zona sul de Aracaju.
A vítima estudava Odontologia, já o suspeito da autoria do crime cursa Direito, ele, inclusive, era investigado por crimes de estelionato.
Segundo o documento com o depoimento de Ícaro, na última sexta-feira ele saiu para faculdade, quando chegou em casa encontrou Henrique chateado, reclamando porque tinha reprovado em uma matéria do curso. O acusado disse que, em seguida, a vítima saiu da cozinha, onde estava, com uma faca e partiu para cima dele. Para tentar se defender, ele tentou aplicar o golpe conhecido como “mata leão”, mas não conseguiu imobilizar o amigo.
Eles iniciaram uma briga e foi neste momento que o suspeito aplicou três golpes de faca no pescoço de Henrique, o último foi fatal. O documento ainda aponta que para certificar que Henrique José estava sem vida, Ícaro pegou um saco plástico e enrolou na cabeça dele.
Na manhã do sábado (17), para se desfazer do corpo, Ribeiro foi a um estabelecimento de material de construção. Teria comprado corda, sacos plásticos e fitas adesivas, pretendia jogar o corpo em um local abandonado, mas como estava rígido [devido ao tempo de morte] não conseguiu carregar a vítima morta.
Em seguida, ele volta à loja e compra duas serras, uma lata de tinta e um pincel. Neste momento, quando retorna para a residência, ele desmembra o corpo do amigo. Depois, limpa a casa e pinta as paredes que estavam manchadas de sangue. Ícaro Ribeiro permanece preso.
Texto e imagens reproduzidos do site: a8se com/noticias/policia
Publicação compartilhada do site A8 SE., de 21 de dezembro de 2022
Motorista por aplicativo revela diálogo com assassino de estudante esquartejado em Aracaju
A vítima e o suspeito são naturais do município de Cícero Dantas, na Bahia
Por redação Portal A8SE
Henrique José de Andrade Matos, de 23 anos, foi morto de forma cruel, na noite da última sexta-feira (16), no bairro Farolândia, na zona sul de Aracaju. O principal suspeito é o amigo de infância, com quem dividia apartamento, Ícaro Ribeiro da Silva, de 22 anos. O crime só foi revelado após um motorista por aplicativo estranhar a ação do autor do crime, que tentou transportar o corpo.
Com exclusividade, o motorista conversou com a equipe da TV Atalaia. Após matar o amigo, Ícaro arquitetou como iria se livrar do corpo. Uma das formas, foi acionar um veículo por aplicativo, no entanto, o condutor desconfiou da ação e chamou o pai, que é um policial, que estava de folga. "Recebi um chamado com destino a praia do Mosqueiro. Fiquei na frente esperando, até que Ícaro, que se identificou como Henrique pelo aplicativo, chamou para pegar bagagens, que estavam pesadas [...] Quando fui pegar, ele não deixou pegar, então desconfiei. [...] Deu uma sensação de um corpo, fiquei prestando atenção. Ele colocou na mala e fui tentar ajeitar na mala, ele não deixou encostar e pediu para fechar a mala", conta.
"Ele me convidou para subir e pegar algumas coisas que estavam em cima", mas o motorista desistiu de subir até à residência. "Começou a melar de sangue [...] perguntei o que ele tinha feito [...] foi quando topei e senti que eram as costas de uma pessoa", detalha.
Ainda segundo o condutor, ele se negou a prosseguir a viagem, Ícaro tirou o corpo do carro e o condutor ligou para o pai. "Outro motorista por aplicativo se aproximou e eu falei para ele não entrar [...] nesse momento, ele veio correndo, desesperado, aí barrei ele e disse que não ia sair, ele ficou desesperado. Creio que foi nesse momento que ele deve ter jogado as partes do corpo", explica.
Suspeito de esquartejar amigo de infância em Aracaju revela detalhes do crime em depoimento
Ícaro teria tirado a vida do amigo por volta das 23h. No outro dia, ele foi à loja de material de construção para comprar serra e esquartejar o corpo de Henrique. Ele teria comprado também tintas para pintar as paredes sujas de sangue. Em seguida, foi quando ele acionou o transporte. A polícia investiga se o assassinato de Henrique teria relação com questões financeiras.
Texto reproduzido do site: a8se com/noticias/policia
Texto compartilhado do site G1 GLOBO SP, de 31 de janeiro de 2024
O que se sabe e o que falta esclarecer sobre morte de jovem após encontro com jogador do sub-20 do Corinthians
Atleta Dimas Cândido de Oliveira Filho disse à polícia que jovem desmaiou durante relação sexual e que ele chamou o Samu em seguida. Livia Gabriele da Silva Matos teve 4 paradas cardiorrespiratórias e sangramento na vagina.
Por Paola Patriarca, g1 SP
Polícia investiga morte de jovem após encontro com jogador sub-20 do Corinthians
A morte de uma jovem de 19 anos após se encontrar com o jogador do sub-20 do Corinthians Dimas Cândido de Oliveira Filho, de 18 anos, está sendo investigada pela Polícia Civil, em São Paulo.
O caso ocorreu na noite desta terça-feira (30), no Tatuapé, Zona Leste da capital paulista. Livia Gabriele da Silva Matos estava com Dimas quando foi levada ao pronto-socorro do Tatuapé pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), acionado pelo jogador.
A jovem sofreu quatro paradas cardiorrespiratórias, uma delas a caminho do hospital, e deu entrada na unidade de saúde com sangramento intenso nas partes íntimas. O atestado de óbito apontou que a causa da morte foi uma ruptura na região genital, mas exames complementares ainda devem ser feitos.
Veja o que se sabe sobre o caso e o que falta esclarecer
O que aconteceu?
Como o Samu encontrou a jovem e o que ocorreu no hospital?
O jogador e a jovem já se conheciam?
O que foi encontrado no apartamento do jogador?
Qual a versão dada pelo jogador?
Quem era a jovem?
Como o pai de Livia soube do que aconteceu?
O que o pai de Lívia contou sobre conversa com jogador?
Como o caso está sendo investigado e qual a suspeita da polícia?
O jogador é considerado suspeito pela morte?
O que o Corinthians diz?
Qual foi a causa da morte de Livia?
1. O que aconteceu?
Livia Gabriele da Silva Matos, de 19 anos, estava no apartamento de Dimas, quando passou mal e teve parada cardíaca. Ela, então, foi levada ao pronto-socorro do Hospital Municipal do Tatuapé por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Dimas contou que foi ele quem acionou o Samu e comunicou sobre o estado de saúde de Livia.
2. Como o Samu encontrou a jovem e o que ocorreu no hospital?
Segundo a polícia, a jovem foi encontrada pela equipe do Samu com intenso sangramento na vagina e em parada cardiorrespiratória. Equipe de resgate fez massagem cardíaca e a encaminhou para a ambulância, onde a jovem teve outra parada.
No hospital municipal, a jovem ainda sofreu outras duas paradas cardiorrespiratórias.
Conforme boletim de ocorrência, o médico informou à família de Livia que ela havia falecido após sofrer as quatro paradas cardíacas e com muita perda de sangue decorrente de uma fissura na vagina.
3. Os dois já se conheciam?
Conforme Dimas, ele conheceu Livia meses atrás pelo Instagram e os dois marcaram um encontro para a noite de terça-feira.
Dimas contou à polícia que aquela foi a primeira vez que ele e Livia tinham se visto pessoalmente. Segundo o jogador, estavam apenas os dois no apartamento deles. Isso, de acordo com ele, poderia ser confirmado pelas câmeras existentes no prédio, tanto no corredor de seu apartamento como na garagem.
4. O que foi encontrado no apartamento do jogador?
Após a notícia da morte de Livia, Dimas foi comunicado pelos policiais militares que precisava ir até a delegacia para registro a ocorrência. Como o jogador estava sem camisa e sem documento, os policiais o levaram até seu apartamento. Lá verificaram que havia sangue no chão do imóvel, além de toalhas e lençóis sujos de sangue.
Os PMs também constataram que uma cama havia sido removida para a lateral. O jogador afirmou que a remoção foi feita pela equipe do Samu para realizarem os procedimentos de socorro.
5. Qual a versão dada pelo jogador?
Conforme registro policial, Dimas ressaltou que nunca tinha se encontrado com Livia, mas como iria entrar em férias e viajar para João Pessoa (PB), onde, segundo ele, a família dele vive, os dois marcaram encontro para a noite de terça-feira (30).
O jogador afirmou que a jovem disse no dia anterior que iria pedir autorização para a mãe dela e lhe daria um retorno pela manhã. Ela confirmou o encontro, e os dois mantiveram contato via WhatsApp.
O jogador relatou que a jovem foi sozinha ao apartamento dele, onde ele também se encontrava sozinho, e que a recebeu no portão. Dimas afirmou que os dois não fizeram uso de nenhum tipo de entorpecente, nem ingeriram bebida alcoólica, e que ela levou dois cigarros eletrônicos que, segundo ele, usavam um óleo.
No depoimento, o atleta disse também que os dois tiveram relação sexual e conversaram em seguida. Quando foram para a segunda relação, ele teria percebido que Livia não respondia. Neste momento, ele teria observado que ela tinha desmaiado e ligou imediatamente para o Samu.
Durante a ligação para Samu, Dimas foi orientado a colocá-la no chão, de barriga para cima, e massagear o peito dela até a chegada da ambulância.
O jogador diz que foi nesse momento que viu que ela apresentava um sangramento na vagina, fato que comentou na ligação com o Samu.
No hospital, o jogador conseguiu, junto com uma enfermeira do Samu desbloquear o celular dela com sua digital. Foi a profissional de saúde quem ligou para a família e informou sobre o caso, pedindo para os parentes irem até o local.
O jogador ainda afirmou que a irmã de Livia disse que à tarde ela teria ingerido cerveja na casa dela e que ela tomava remédio para combater ansiedade.
6. Quem era a jovem?
Lívia Gabriele da Silva Matos tinha 19 anos de idade. Segundo o pai dela informou à polícia, ela era estudante de enfermagem e morava com a família.
7. Como o pai de Livia soube do que aconteceu?
Na delegacia, o pai da vítima afirmou que, por volta das 17h30 de terça-feira, a filha disse que iria sair com uma amiga para um restaurante, onde as duas iriam assistir ao jogo do Corinthians.
Por volta das 19h30, ele recebeu uma ligação de uma enfermeira do Samu avisando que Livia estava sendo levada para o Hospital Municipal do Tatuapé.
Na unidade, o médico informou que a jovem tinha sofrido três paradas cardíacas, mas que tinham conseguido estabilizar o quadro dela e estancar um corte que tinha na vagina de aproximadamente cinco centímetros, informou o pai à polícia.
8. O que o pai de Lívia contou sobre conversa com jogador?
No boletim consta, ainda, que o pai afirmou ter conhecido Dimas no hospital e que o atleta disse que estava com a filha em seu apartamento. O jogador teria contado ao homem que, durante a relação sexual, Livia teria se sentido mal e desmaiado, e que ele ligou logo depois para o Samu e seguido orientações para realizar massagem cardíaca.
O pai da jovem também contou que o jogador afirmou ter ligado para seu próprio pai. Nesta conversa, conforme o pai de Livia relatou, Dimas teria contado que tinha passagem às 23h para viajar para Minas Gerais, onde seu pai moraria. Neste momento, o pai de Lívia disse que o jogador não poderia viajar e teria que permanecer no local.
Segundo o pai de Lívia, o jogador não demonstrou preocupação ou sentimentos por sua filha e, por isso, os dois chegaram, inclusive, a se desentender no hospital. Neste momento, o pai de Livia acionou a polícia.
Após a chegada da viatura, houve a notícia da morte em decorrência de uma quarta parada cardíaca, ainda de acordo com o depoimento.
O pai de Lívia contou, ainda, que sua filha não fazia uso de nenhum tipo de substância entorpecente e nem tinha o costume de ingerir bebida alcoólica.
9. Como o caso está sendo investigado e qual a suspeita da polícia?
O caso foi registrado como morte suspeita no 30º Distrito Policial. O corpo da jovem foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) para necrópsia. O apartamento do jogador também será periciado.
O inquérito sobre a morte da jovem que estava com o jogador será conduzido pela 5ª Delegacia de Defesa da Mulher.
10. Jogador é considerado suspeito pela morte?
As investigações ainda serão feitas com a abertura do inquérito policial e ele não é considerado suspeito pela morte no momento.
Até o momento, o jogador é investigado no caso de morte suspeita, mas não é considerado responsável, segundo a Polícia Civil.
11. O que o Corinthians diz?
Em nota, o Sport Club Corinthians Paulista informou que "está ciente dos acontecimentos que envolveram um de seus atletas da base, aguarda a investigação dos fatos e está à disposição para colaborar com as autoridades".
12. Qual foi a causa da morte de Lívia?
O atestado de óbito apontou que a causa da morte foi uma ruptura na região genital. O documento cita que houve "rutura [sinônimo de ruptura] de fundo de saco de Douglas com extensão à parede vaginal esquerda".
Saco de Douglas é o nome dado a uma região genital que fica na parte baixa do abdômen entre o útero e o reto.
No atestado emitido à 0h desta quarta-feira (31) pelo Hospital Municipal do Tatuapé ainda menciona: "aguarda exames complementares".
Realizados no Instituto Médico Legal (IML), esses exames complementares — necroscópico, toxicológico e sexológico — não tinham sido divulgados até a última atualização desta reportagem e devem apontar o que pode ter causado a ruptura na região genital de Livia.
Além disso, esses laudos devem indicar também se Livia consumiu algum tipo de substância, como álcool ou entorpecente.
*Com informações de TV Globo
Texto reproduzido do site g1 globo com/sp/sao-paulo