O passeio ao aeroclube promoveu muitas emoções aos usuários do Centro Dia
Rodrigo e a sua mãe a dona Iraci ficaram encantados com o momento
Lidiane Vieira - coordenadora Centro Dia
Rodrigo Cabral - médico e paraquedista
O Rodrigo foi selecionado para pular de paradequedas. Ele amou a experiência
Maria Betanea Cardoso - educadora social
Fotos: Danillo França
Publicado originalmente no site da PMA, em 26 de outubro de 2018
Usuários do Centro Dia fazem visita ao Aeroclube com direito
a voos panorâmicos e salto de paraquedas
Muita gente tem o sonho de voar, ver as nuvens de perto e
até mesmo apreciar a bela paisagem lá do alto. Para quem gosta de adrenalina, o
voo pode até ser uma oportunidade para experimentar um esporte que requer
coragem: o paraquedismo. A tarde desta sexta-feira, 26, ficará marcada na
memória dos usuários do Centro de Referência Especializado para Pessoa com
Deficiência (Centro Dia), unidade da Secretaria Municipal da Assistência
Social. É que os meninos e meninas que são atendidas pela instituição ganharam
um presente especial do grupo de paraquedismo Skydive Carcará: um passeio ao
aeroclube de Aracaju com direito a voos panorâmicos pela pequena mais charmosa
do Nordeste e até saltos de paraquedas.
Tudo começou com alguns dizendo que estavam sentindo “um friozinho
na barriga”. Para muitos dos usuários, essa foi a primeira vez que ficaram
perto de um avião. O que muitos não sabiam até o momento era que alguns teriam
a oportunidade de entrar na aeronave e até mesmo partir em uma viagem
inesquecível apreciando a capital do Estado de Sergipe. Oito dos participantes,
entre usuários e responsáveis, tiveram a oportunidade de fazer um passeio em
dois voos panorâmicos. Uma delas foi a dona Maria Floraci Santos Dias, mãe do
José Rodrigo de Jesus Santos. Ela que já andou de avião em voos comerciais,
ficou encantada com a vista proporcionada pelo passei sobre Aracaju. “É algo
que não tenho palavras para descrever. Foi lindo demais olhar a minha cidade lá
de cima. Estou muito feliz com o que eles fizeram para nós e, claro, para os
nossos filhos”, disse.
Na ocasião, o grupo preparou outra surpresa: um dos usuários
ganhou um salto de paraquedas. O Rodrigo, filho da dona Iraci, foi o cara de
coragem que enfrentou o medo e, ao invés de aterrissar na aeronave, ele desceu
sob o auxílio do artefato de lona. Para a sua mãe, o há preço que pague o
momento. “Foi demais. Quando fui a São Paulo, ele não quis ir de avião de jeito
nenhum. Hoje ficou empolgado e queria porque queria pular de paraquedas. Eu
autorizei. Estou muito contente por ele ter gostado demais. Não para de sorrir
um só minuto. Essa é a maior alegria de uma mãe”, conta emocionada.
O momento também foi marcado pelas apresentações do grupo
com saltos de paraquedas e performances de voos alegóricos, que fizeram muitos
ficarem de boca aberta, mas também com sorrisos estonteantes. A tarde foi fruto
de uma parceria entre a unidade da Assistência Social e o grupo de
paraquedismo. “Um dos objetivos do Centro Dia é justamente tornar os usuários
cada vez mais autônomos. Esse passeio foi muito bom para eles porque acabam
interagindo com pessoas estranhas, que não fazem parte do seu dia a dia, e
estão conhecendo uma atividade que, certamente, ficará marcada nas lembranças
de todos. Os integrantes do Carcará foram parceiros maravilhosos. Organizaram
tudo com o maior carinho. Só temos que agradecer a todos”, ressalta a educadora
social responsável por articular a atividade, Maria Betanea Cardoso Lopes.
Segundo a coordenadora do Centro Dia, Lidiane Vieria, a
instituição está sempre em busca de oferecer atividades que despertem o
interesse em conhecer os diversos segmentos da vida humana. Para ela, neste
caso, foi até uma forma de mostrar que o esporte também é um espaço que as
pessoas com deficiência devem ser incluídas. “A gente sempre tenta fazer com
que eles tenham dias diferentes, principalmente, com a família. Aqui, por
exemplo, foi um momento de lazer e de descontração. Mas, acredito que vai muito
além. Com a participação do Rodrigo no salto de paraquedas, mostrou aos pais e
até mesmo aos usuários que o esporte também tem lugar para as pessoas que
possuem deficiência. Foi um salto belíssimo. Todos nós que estávamos aqui
embaixo amamos”, destaca.
Idealizado por um grupo de amantes do paraquedismo, o grupo
Skydive Carcará existe há quatro anos. O médico e paraquedista RodrigoCabral foi um dos organizadores do
evento. “Quando recebemos o contato da Betanea, conversei com os demais colegas
e resolvemos abraçar a ideia. Esperamos que essa tarde tenha sido muito
especial para eles, porque para nós foi muito. Mostramos que esse é um esporte
que é acessível para todos e, mesmo aqueles que possuem algumas limitações, é
possível sentir as sensações da queda
livre com ajuda de uma outra pessoa preparada, no caso, o instrutor. Eu
acho que o que fizemos ainda foi algo muito pequeno porque esses meninos e
meninas merecem muito mais”, ressalta.
Texto e imagen reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br
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