segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

MORTE DE PAULINHA ABELHA > Alerta para risco de emagrecedores


Publicação compartilhada do site CORREIO DE SERGIPE, de 26 de fevereiro de 2022 

Morte de Paulinha Abelha alerta para risco de emagrecedores 


A morte da cantora Paulinha Abelha, aos 43 anos, chama a atenção não só pela perda da artista, mas pela falta de uma causa específica para seu quadro. Apesar de o atestado de óbito apontar “comprometimento multissistêmico” como causa da morte, em coletiva de imprensa foi revelado que a investigação do quadro da vocalista apontava para três hipóteses: uma doença autoimune não identificada, síndrome de Haff ou intoxicação hepática gerada por medicamentos para perder peso. A cantora tomava uma fórmula receitada por um nutrólogo. 


Para o doutor Henrique Perobelli, mestre em Ciências da Saúde e gastro e proctologista na Rede de Hospitais São Camilo, apenas a própria investigação médica poderá afirmar qual é a hipótese correta. Todavia, é inegável que os sintomas de Paulinha Abelha, como enjoo, vômito e inflamação no fígado, se assemelham aos de quem enfrenta problemas hepáticos associados à ingestão de inibidores de apetite e queimadores de gordura. 


“O fígado é um órgão que depura todas as proteínas ingeridas pelo organismo. Se você ingere constantemente um medicamento hepatotóxico, você pode estar causando uma sobrecarga nele, seguida de lesão hepática e, por último, uma insuficiência hepática. Neste caso, o paciente pode até morrer de insuficiência múltipla dos órgãos”, aponta Perobelli. 


Pressão estética  


Segundo o médico, os motivos para uso deste tipo de medicamento não devem envolver estética. Muito pelo contrário, devem ser embasados através de avaliação endocrinológica e fatores de risco à saúde, como obesidade, hipertensão, síndrome metabólica, entre outras enfermidades. 


“Uma pessoa que é magra, no caso, não deve procurar um especialista para tomar esse remédio”, comenta o médico.

 

Independente dos fatores de saúde ou estéticos que levaram Paulinha Abelha a se submeter a um tratamento como esse, para Jéssica Souza, psicóloga clínica, é importante dar um olhar social ao caso. Em sua avaliação, é preciso levar em consideração as pressões estéticas sobre o corpo feminino e que se trata de uma mulher artista, cujo corpo e imagem eram seu portfólio.

 

“No caso dela, há, sim, uma suscetibilidade maior a estas pressões estéticas. Como ela era famosa, se torna alvo fácil de críticas, assim como seu corpo. Além disso, querendo ou não, ela fazia parte de um grupo que as vestimentas evidenciam a sensualidade”, pondera. 


Os riscos de ceder às pressões estéticas, segundo a profissional, vão muito além dos prejuízos físicos. Existe, inclusive, a possibilidade de desenvolver distúrbio de distorção de imagem. Ou seja, quanto mais a pessoa se olhar no espelho, mais ela achará que há algo a ser mudado. 


“Quando a pessoa faz pequenas mudanças no corpo, ela pode desenvolver isso. Em algumas pessoas é como se fosse uma droga. De fato, podemos ver aí exemplos como Ken Humano, a Barbie Humana. São pessoas que fizeram mudanças no corpo e não conseguiram parar”, explica Souza. 


Cuidado com a saúde 


A origem da inflamação no fígado de Paulinha Abelha ainda não foi divulgada. Entretanto, especialistas orientam que as pessoas redobrem o cuidado com a saúde física e psíquica. O uso de inibidores de peso, por exemplo, deve ser feito apenas sob prescrição médica. 


“É viável evitar fórmulas também, pois têm muitas substâncias que não são necessárias no nosso organismo. Além disso, em qualquer sinal de enjoô, vômito ou urina escura interrompa o uso do remédio e procure ajuda médica”, aconselha o médico Henrique Perobelli. 


Do ponto de vista psicológico, Jessica Souza aconselha a busca pelo autoconhecimento. Para ela, a psicoterapia é um caminho eficaz para lidar com essas pressões. “Se vc não se conhece você está fadado a tomar caminhos que você não tem consciência sobre eles”, acrescenta. 


Mais sobre Paulinha Abelha 


Integrante do Calcinha Preta, Paulinha Abelha teve uma relação de idas e vindas com o grupo, que foi fundado em 1990. A cantora entrou na banda em 1998 e permaneceu até 2010, quando decidiu seguir novos projetos profissionais. Quatro anos depois, ela retornou ao grupo. Em 2016, anunciou que se afastaria novamente, mas sem revelar o motivo certo. Em 2018, mais uma vez, ela retornou à banda. 


Fonte: Terra 


Texto reproduzido do site: ajn1.com.br 

Um comentário:

  1. Publicação compartilhada do site F5 NEWS, de 6 de março de 2022

    Exames apontam possíveis causas da morte de Paulinha Abelha; confira

    A artista sergipana, da banda Calcinha Preta, morreu em 23 de fevereiro

    Por F5 News

    Um laudo toxicológico revela quais eram as substâncias presentes no corpo da cantora Paulinha Abelha, vocalista da banda Calcinha Preta. O documento foi divulgado neste domingo (6) pelo Domingo Espetacular, da Record TV. A artista sergipana morreu no dia 23 de fevereiro deste ano.

    Segundo a reportagem, Paulinha foi diagnosticada ainda no primeiro hospital como meningoencefalite, uma inflamação do cérebro e dos tecidos circundantes, apontada como uma das causas da morte da cantora no atestado de óbito, que também apontou hipertensão craniana, insuficiência renal aguda e hepatite.

    O painel toxicológico testou 12 substâncias e identificou a presença de anfetaminas e barbitúricos, que atuam como substâncias depressoras do Sistema Nervoso Central, são usados como antiepilépticos, sedativos, hipnóticos e anestésicos.

    Os efeitos tóxicos que essas drogas provocam são: falta de coordenação motora, grande redução da pressão sanguínea, vertigens, redução da urina, espasmo da laringe e crise de soluço.

    O resultado da biópsia revela como estava o fígado da cantora antes de morrer, indicando necrose e injúria hepática possivelmente induzida por medicamentos. A família ainda aguarda a liberação do laudo sobre os rins.

    Desde a hospitalização, os médicos buscavam esclarecer qual teria sido a primeira disfunção desencadeada no corpo da cantora.

    Paulinha Abelha ficou 13 dias internada e, neste tempo, desenvolveu uma síndrome metabólica que originou disfunções renais, hepáticas e a neurológica, que a levou ao coma de nível 3 na escala glasgow.

    O jornalístico também teve acesso a um receituário médico com 17 substâncias que podem ter sido usadas por Paulinha Abelha, dentre elas um antidepressivo, um redutor de apetite, calmantes naturais, estimulantes, cápsulas para memória e uma fórmula que promete reduzir medidas, manipulada com a erva asiática garcinia cambogia.

    Um médico consultado pela Record TV afirmou que a droga é "potencialmente hepatotóxica", ou seja, possui substâncias químicas que podem causar danos ao fígado, que podem levar até mesmo à hepatite fulminante

    Texto reproduzido do site: f5news.com.br

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