Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 12 de abril de 2019
Vítima não é réu
Por Adiberto de Souza (Blog Infonet)
Os advogados dos agentes civis que fuzilaram na periferia de
Aracaju um pobre trabalhador negro querem provar que a abordagem seguiu “os
padrões da literatura policial”. Ora, qual academia de polícia manda matar
primeiro para só depois identificar a vítima? Só falta querer culpar o morto
por ter ficado na frente da arma assassina. Tivesse sido uma operação normal,
os três executores do designer Clautênis Santos não teriam entregado as armas e
pedido o imediato afastamento das funções. Os advogados estão no papel deles,
porem a sociedade está de olhos bem abertos para que não transformem a vítima
em réu e absolvam os matadores por absoluta falta de provas. Crendeuspai!
Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 11 de abril de 2019
Estranho sigilo
Por Adiberto de Souza (Blog Infonet)
A sociedade sergipana estranha que a Polícia apure em sigilo
o fuzilamento de um trabalhador negro por três agentes civis. Também surpreende
o fato de os indiciados ainda não tenham sido presos, apesar de as evidências
mostrarem que houve uma execução covarde. Aliás, o trio está afastado das
atividades policiais porque assim desejou. Ora, se as vítimas fossem os
policiais, será que o acusado pelo crime – um trabalhador negro e pobre –
estaria solto e o inquérito correndo em sigilo absoluto? Era mais provável que
já tivesse sido morto em confronto armado com a Polícia. Portanto, fica muito
difícil convencer o povão de que a liberdade concedida aos executores do
operário, além do segredo imposto às investigações, visa garantir agilidade ao
inquérito. Tomara que este rumoroso caso não caia no esquecimento e que os
matadores do cidadão Clautenes dos Santos não sejam absolvidos por absoluta
falta de provas. Ó Céus!
Textos e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br
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